Os luteranos acreditam que o corpo e o sangue de Cristo estão “verdadeiramente e substancialmente presentes em, com e sob as formas” do pão e vinho (os elementos) consagrados, deste modo os comungantes comem e bebem o corpo e sangue do próprio Cristo tanto quanto comem o pão e bebem o vinho através deste sacramento.[7] A doutrina luterana da real presença é ensinada como a doutrina da União Sacramental. Essa doutrina muitas vezes é incorretamente chamada de consubstanciação.[8] Este termo é rejeitado pelas Igrejas Luteranas e seus teólogos, uma vez que cria uma confusão sobre a doutrina aproximando-a de uma compreensão equivocada, próxima ao conceito católico romano da transubstanciação[9] , tido pelo Luteranismo como anti-bíblico e filosófico.
A celebração da Eucaristia entre os luteranos segue um rito previamente estabelecido com um texto litúrgico responsivo (inclui “prefácio” e “palavras da instituição”), similar a liturgia católica romana, porém de forma mais simplificada, excluindo-se todo e qualquer conceito de caráter sacrifical. Enquanto alguns Luteranos celebram a Eucaristia, ou Santa Ceia, semanalmente apenas para membros (comunhão fechada) como é o caso da Igreja Evangélica Luterana do Brasil, outros celebram quinzenalmente, mensalmente, ou mesmo trimestralmente, para todos os que quiserem participar (comunhão aberta), no Brasil é o caso da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. Tais diferenças entre os luteranos também existem em outros países em maior ou menor proporção.